Com certeza, você já deve ter ouvido alguma característica marcante das gerações X, Y e Z. Elas correspondem às épocas nas quais as pessoas nasceram e cresceram, que com certeza influenciaram e muito em seus comportamentos e personalidade.

 

Os estereótipos das gerações são muito comuns. Como exemplo, muitos definem os Millennials como preguiçosos, os boomers como avessos à tecnologia e a geração Z como os grandes revolucionários de todos eles.

 

Em um exemplo mais fácil ainda, basta olharmos dentro de nossas próprias casas. Os hábitos e perfis dos mais jovens são muito distintos de seus avós e pessoas mais velhas. Tanto em ideologias que defendem, quanto em suas habilidades e o que buscam durante sua vida.

 

Por mais que essas definições (algumas até mesmo exageradas) sejam alvos de diversas brincadeiras, é importante conhecê-las de fato. Não devemos nos limitar ao pré-conceito visto nessas características, mas sim entender a importância de suas diferenças.

 

Afinal, essas diferenças de perfis trazem diversos impactos para o nosso dia a dia. Desde a forma como irão se relacionar com outras pessoas, até seu comportamento no ambiente de trabalho e em outras esferas sociais.

 

Neste texto, vamos esclarecer de fato o que são as gerações X, Y e Z, o que as definem e os principais conflitos que podem ser vistos entre essas pessoas. Veja os tópicos que iremos abordar:

 

  • O que são as gerações X, Y e Z?
  • Quais as características comportamentais das gerações X, Y e Z?
  • Quais os maiores conflitos entre as gerações X, Y e Z?

 

Boa leitura!

O que são as gerações X, Y e Z?

As gerações X, Y e Z são classificações de épocas nas quais as pessoas nasceram e cresceram. Elas funcionam como um tipo de separação, na qual em cada uma delas, os indivíduos possuem determinadas características e perfis em comum.

 

Todos esses pontos em comum são reflexo do contexto histórico e econômico no qual viveram. Isso determinou fortemente a forma na qual pensavam, acreditavam e desenvolviam seus planos pessoais e profissionais.

 

Além dessas três que iremos explorar ao longo do texto, existe uma outra geração muito importante e anterior à elas. São os Baby Boomers, que correspondem às pessoas que nasceram entre 1940 e 1960.

 

Essa geração cresceu em meio à pós Segunda Guerra Mundial, período no qual houve uma intensa explosão demográfica nos Estados Unidos. Inclusive, esse foi o motivo pelo qual receberam tal nomeação.

 

Os jovens dessa época foram criados com muita rigidez e disciplina devido ao contexto que seus pais presenciaram. Isso fez com que, dentre suas tantas características, valorizassem especialmente seus trabalhos, em construir um patrimônio e conquistar uma estabilidade profissional. 

 

Permanecer em um mesmo emprego por décadas até a aposentadoria, era o grande sonho dos baby boomers. Fora a busca por melhores condições de vida e bem-estar.

 

Ao longo de suas vidas, ainda cresceram em meio a diversas transformações sociais, políticas e culturais. Tudo isso fez com que essas pessoas prezassem muito pelo conservadorismo, principalmente em relação aos seus gastos.

 

Como elas surgiram?

A classificação das pessoas em gerações é uma prática vista há muitos anos. 

 

No início, essa divisão era feita e estudada por especialistas a cada 25 anos. Mas com o passar do tempo, enxergaram que esse período é longo demais a fim de agrupar, de fato, um mesmo grupo de indivíduos com perfis e características semelhantes.

 

Hoje, tudo muda constantemente e a uma velocidade extremamente veloz. Seja as relações pessoais, de trabalho, ou qualquer outra em nossa sociedade. Por isso, o estudo das gerações encurtou, com a criação de novas classes genealógicas a cada dez anos, mais ou menos.

 

Dentre seus objetivos, muitas empresas usam essa divisão para fins internos. Principalmente, para saberem atrair e reter os profissionais que possuem perfil mais alinhado à sua cultura organizacional.

 

Essa classificação permite ter um melhor entendimento sobre como cada grupo se comporta no mercado de trabalho. E, junto com isso, os principais conflitos e problemas que podem ocorrer e como solucioná-los.

 

Além disso, segundo o presidente do instituto de pesquisa Pew Research Center, Michael Dimock, os grupos geracionais permitem que pesquisadores e profissionais de marketing usem informações e estratégias na criação de sua marca e produtos.

 

Para ele, essa estratégia “É uma ferramenta para analisar mudanças de visões ao longo do tempo”, como relata em um artigo produzido.

Quais as características comportamentais das gerações X, Y e Z?

As gerações X, Y e Z possuem características comportamentais completamente diferentes entre si. Afinal, cada um desse grupo de pessoas nasceu em uma época com influências históricas e econômicas bem distintas.

 

Certamente, esses perfis não serão os mesmos no futuro. A cada ano, novas gerações irão surgir, com novas preferências e ideologias que irão divergir das anteriores. E é justamente esse o motivo que justifica a importância de entender cada um desses perfis.

 

No âmbito pessoal, essas características são importantes para que possamos aprender a como lidar com o outro da melhor forma possível. Evitando brigas e desentendimentos no nosso dia a dia.

 

Já no quesito profissional, elas também impactam diretamente na nossa forma de agir, personalidade e como lidamos com nossos colegas. 

 

As empresas costumam prestar muita atenção nesses pontos não apenas para contratar profissionais, mas também para identificar o perfil de seus clientes e como vender seus produtos ou serviços.

 

Vamos conhecer então um pouco mais sobre as gerações X, Y e Z.

Geração X

A geração X compreende as pessoas que nasceram nos anos 60 e 70, os filhos dos baby boomers. Para alguns especialistas, essa classe vai até mesmo os anos 80, mas são poucos os casos.

 

O termo foi criado por Robert Capa, diz respeito a uma geração altamente influenciada pela televisão. Crescidos em meio a Guerra Fria, foram pessoas que presenciaram inúmeros avanços tecnológicos e inovações como a internet e os celulares.

 

Como resultado dessa influência, acabaram desenvolvendo um perfil bem característico da época.

 

Em âmbito profissional, a geração X preza muito pela flexibilidade e criatividade no trabalho. O dinheiro ou status na carreira não são tão importantes, uma vez que dão muito mais valor ao trabalho duro para conquistarem seus objetivos. Isso, abrangendo tanto os profissionais quanto pessoais, como por exemplo morar em um bom apartamento ou em uma boa casa.

 

Essas pessoas, hoje por volta dos 40 anos, são extremamente autossuficientes. Valorizam a individualidade e a liberdade, mas sempre conciliando com suas responsabilidades do trabalho.

 

Um dos fatos históricos mais marcantes que também influenciou o crescimento da geração X, foi o movimento hippie. Suas ideologias, aliadas à ascensão dos movimentos sociais, também impactaram diretamente o perfil dessas pessoas.

Geração Y

A geração Y representa aqueles que nasceram nos anos 70 a 90. Também conhecidos como Millennials, cresceram em uma época de importante avanço econômico do país.

 

Enquanto a geração X presenciou o surgimento dos avanços tecnológicos, os millennials cresceram em meio a esse cenário. Todos esses pontos positivos favoreceram muito sua criação e, principalmente, impactaram o modo como enxergaram a vida e suas relações.

 

Afinal, eles tiveram à disposição uma série de benefícios que seus pais não puderam ter. A conectividade era maior, com o surgimento de novas profissões, conceitos de relações, e muitos outros pontos.

 

Uma de suas principais características comportamentais é a autonomia no trabalho. São muito focados em estimular seu desenvolvimento pessoal e profissional, além de serem mais criativos, proativos e capazes de serem dinâmicos em suas atividades.

 

Ainda, um comportamento bastante comum dentre os millennials é a troca frequente de emprego. Isso, em busca de melhores oportunidades profissionais que contribuam para seu crescimento.

 

Em uma pesquisa feita pela Mind Miners, 33% dos Millennials que se consideram satisfeitos com seus trabalhos, admitem a possibilidade de mudar de emprego com menos de dois anos. Já entre os indivíduos da geração X, esse percentual cai para 20%.

 

A necessidade de receberem feedbacks sobre seu desempenho é bem frequente na geração Y. Junto com outras características como a facilidade de assimilar novas tarefas e dificuldade para receberem ordens.

 

Nos relacionamentos, existe uma maior dificuldade em desenvolvê-los. Seu excesso de individualismo é um dos grandes fatores impeditivos para isso, junto com uma maior superficialidade com quem costumam se relacionar.

Geração Z

A geração Z, por sua vez, corresponde a todos que nasceram a partir dos anos 90. São os profissionais mais jovens já atuando no mercado de trabalho.

 

Essas pessoas cresceram já utilizando a internet, em um grau de avanço e utilidade muito maior do que a geração Y presenciou. Isso fez com que muitos especialistas também os apelidassem de iGeneration, os famosos nativos digitais.

 

Como reflexo desse contexto, uma de suas principais características é a alta conectividade. Não enfrentam grandes dificuldades em utilizar os inúmeros recursos tecnológicos a fim de obterem informações ou realizarem as atividades que precisam.

 

Seu forte senso de realismo faz com que sejam extremamente práticos no dia a dia em seus trabalhos. Empreendedores natos, valorizando a inovação, o desenvolvimento, desafios na carreira e um ambiente dinâmico.

 

Nesse aspecto, eles se assemelham um pouco com os millennials. Especialmente, pela pressão que colocam em si mesmos na busca pelo desenvolvimento profissional e por empresas que ofereçam tal oportunidade.

 

As relações pessoais também são um problema para a geração Z. Muitos são mais resistentes em desenvolver uma maior interação com outras pessoas. Uma consequência direta da maior conectividade e tempo que passam online. A falta de intimidade e da comunicação verbal são enormes. Morar com outras pessoas ou namorar  pode ser bem difícil para eles.

Quais os maiores conflitos entre as gerações X, Y e Z?

Ao conhecer melhor os perfis das gerações X, Y e Z, fica claro que as chances de conflitos ocorrerem são grandes. Afinal, cada pessoa pensa de uma forma diferente e busca coisas que podem não ser iguais aos outros.

 

Por mais que essas diferenças sejam comuns devido ao contexto no qual cresceram, muitos não sabem lidar com essas situações da melhor forma. Aliás, essas divergências são os principais gatilhos de diversos desentendimentos.

 

Seja por questões profissionais, como o que acreditam ser melhor para a empresa, ou em âmbito pessoal, principalmente para aqueles que convivem diariamente. Vamos pegar a primeira situação como exemplo para entender melhor.

 

Imagina uma companhia que tenha um gestor da geração X. Muito provavelmente, é uma pessoa que está trabalhando na mesma empresa há anos, prezando muito pela responsabilidade no trabalho.

 

Do outro lado, ele deve gerir profissionais tanto da geração Y quanto Z. Ambos, com perfis bem distintos dos seus. Imersos no mundo tecnológico, são ávidos por mudanças, criativos entusiastas por compartilhar suas ideias e pela liberdade.

 

Todas essas características são muito positivas para um ambiente de trabalho, mas podem facilmente ir de encontro aos ideais do presidente ou gerente da companhia. Os conflitos são certos, independente de seu grau.

 

Como exemplo, o gestor pode não entender todas as tecnologias utilizadas pelos demais. O uso do celular, indispensável para muitos e essencial para diversas atividades, pode não ser muito bem visto por ele.

Como gerenciar os conflitos entre as gerações X, Y e Z?

Não é uma tarefa fácil. Crescidos em épocas completamente diferentes, saber gerenciar os conflitos das gerações X, Y e Z pode ser uma missão bem difícil. Afinal, todos nós temos hábitos ou pensamentos que relutamos em mudar.

 

Mas, estudiosos sobre o tema acreditam que existe uma solução.

 

Em primeiro lugar, é importante entender essas principais diferenças entre as gerações X, Y e Z. Saber o modo que costumam agir, pensar e os ideais que levam em consideração para seu comportamento.

 

Levando em conta esses valores, seja paciente e tenha a mente aberta. Nem todos irão concordar com o que você pensa ou defende, mas isso não é motivo para brigar com quem discordar.

 

Compartilhe todas as percepções e, tente entender o outro lado. O que você acredita ser certo ou errado, pode não ser o mesmo que alguém de outra geração. Ou até mesmo da mesma época em que cresceu.

 

Por mais diferenças que possam ter, tente também valorizar o lado positivo de cada um. Você não pode mudar ou obrigar com que o outro mude seus pensamentos ou ações. O poder não está nas suas mãos, mas pode tentar fazer com que todos consigam ter harmonia em suas convivências.

 

Busque pontos em comum, crie conversas agradáveis e, se inspire nos pensamentos e atitudes que admire nos outros.

Conclusão

As gerações X, Y e Z representam grupos de pessoas completamente distintas entre si. Cada uma nasceu e cresceu em contextos econômicos e políticos bem diferentes que, inevitavelmente, impactaram a forma como encaravam diversas questões do dia a dia.

 

Muitos lidamos com pessoas de todas essas gerações diariamente. Por isso, é importante saber como gerenciar essas diferenças sem que sejam motivos para conflitos e desentendimentos.

 

Não há segredo para essa harmonia. Mas, se preocupando em manter a mente aberta para entender o que o outro acredita, já é um passo importante para esse objetivo.

 

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