Curioso para saber quem são os  maiores arquitetos estrangeiros com prédios tombados no centro de SP? Vem com a Citas que te contamos tudo!

O centro de São Paulo é recheado de prédios icônicos projetados por arquitetos brasileiros, como o Copan de Niemeyer, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Hyppolito Pujol Junior e o Edifício Altino Arantes (mais conhecido como Farol Santander) de Plínio Botelho do Amaral. Contamos um pouco sobre os arquitetos brasileiros que marcaram o centro de São Paulo nestes dois textos -um falando do período de 1900-1930 e outro no período de 1940-1960

Mas, você sabia que essa área também tem lindas obras de profissionais estrangeiros? Muitas delas, inclusive, foram tombadas para continuarem embelezando a região e preservando sua história temos os bras dos maiores arquitetos estrangeiros na região!

Aliás, se você sonha em morar em um prédio projetado por um destes grandes nomes, da uma olhada nos nossos apartamentos! Tem prédio tombado e tudo!

Para que você saiba mais sobre essas edificações e seus criadores, vamos listar neste post os 5 maiores arquitetos estrangeiros com prédios tombados no centro de SP. Então, continue lendo para conhecê-los e se apaixonar ainda mais por essa área da capital!



Maximilian Hehl


Maximilian Emil Hehl (1861 – 1916) foi um grande arquiteto estrangeiro. Nascido na Alemanha, ele realizou diversas obras importantes no Brasil. Ele se formou em engenharia e arquitetura na Escola Politécnica de Hannover, na Alemanha, e logo veio ao Brasil a convite do irmão para trabalhar na construção da Estrada de Ferro Bahia e Minas.

Em 1890, dois anos após se mudar para o país, Hehl foi para São Paulo e começou a trabalhar no escritório de arquitetura de Ramos de Azevedo. Na capital, ele projetou vários edifícios, sendo que o mais importante foi com certeza a Catedral Metropolitana de São Paulo.

Mais conhecida como Catedral da Sé, essa obra foi projetada por Hehl em 1912. Porém, ela foi inaugurada somente anos após a morte do arquiteto, em 1954. A grandiosa arquitetura da Catedral tem estilo eclético, porque combina elementos renascentistas e neogóticos.

Além dela, Maximilian Hehl também projetou em São Paulo a Paróquia Nossa Senhora da Consolação (Igreja da Consolação) e a Vila Adelaide, que era um palacete chamado de “castelinho”. Infelizmente, a última edificação já foi demolida.



William Fillinger


Você com certeza já ouviu falar do Edifício Martinelli, não é mesmo? Ele é a principal obra de Vilmos (William) Fillinger (1888 – 1968), um arquiteto húngaro. Ele se formou em arquitetura na Academia de Belas Artes de Viena e, em 1912, veio para Santos, no Brasil. Na cidade litorânea, Fillinger realizou diversos projetos.

Mas, sua construção mais famosa é o Edifício Martinelli, no centro de SP. O prédio, que foi idealizado pelo comendador italiano Giuseppe Martinelli, teria 12 andares de acordo com o projeto do arquiteto húngaro. Porém, como o comendador queria que o edifício tivesse 30 andares, essa característica foi modificada.

Essa mudança causou polêmica e muitos brasileiros tinham medo de que o prédio caísse. Então, o empreendedor Martinelli se mudou com sua família para o último andar para mostrar à população que o edifício era seguro. Quando foi inaugurado, em 1929, o prédio ainda não tinha sido finalizado e já era o mais alto do mundo fora dos Estados Unidos.

William Fillinger também projetou o Hotel Victoria, na região da República, mas ele é mais um edifício que foi demolido no centro de SP.



Jacques Pilon


Jacques Émile Paul Pilon (1905 – 1962) é outros que faz parte dos maiores arquitetos estrangeiros com obras no centro. Ele foi um arquiteto francês que transformou o centro de São Paulo com suas obras. Ele se mudou para o Brasil em 1910, com apenas 5 anos, porque seu pai foi contratado para dirigir o porto do Rio de Janeiro. Quando cresceu, ele voltou à França para estudar arquitetura na Escola Nacional Superior de Belas Artes, em Paris.

Depois de formado, o arquiteto voltou ao Rio de Janeiro, mas logo se mudou para São Paulo, onde criou a empresa PILMAT (Pilon-Matarazzo Ltda) com o engenheiro civil Francisco Matarazzo Neto. Juntos, eles realizaram diversas obras imponentes no centro de SP, como o Edifício Santo André, o Paissandu e a Biblioteca Mário de Andrade.

Esta é um grande marco da arquitetura paulistana, que mistura elementos modernos com o estilo art déco. Após o fim da empresa PILMAT, Pilon ainda participou de outros projetos fundamentais no centro de São Paulo. Alguns exemplos são a criação do Edifício São Luiz, o Edlu e o Pauliceia/São Carlos do Pinhal, feito com Gian Carlo Gasperini.



Carlos Ekman


Mais um arquiteto estrangeiro que deixou sua marca no centro da capital foi o sueco Karl Wilhelm Ekman ou Carlos Ekman (1866 – 1940). Formado na Escola de Engenharia de Estocolmo, Ekman viveu nos Estados Unidos e na Argentina antes de vir ao Brasil.

A primeira vez que ele veio ao Brasil foi em 1890, e aqui o arquiteto ficou por dois anos. Em seguida, voltou à Argentina e, em 1894, foi para São Paulo a convite de seu amigo arquiteto Augusto Fried.

Sua principal construção no centro de SP é a Escola de Comércio Álvares Penteado, feita entre 1907 e 1908. Ela tem estilo Sezession, que é uma vertente austríaca do art nouveau.

Antes dela, em 1902, Ekman ainda projetou a Vila Penteado para o comerciante Álvares Penteado. Esta, que também possui estilo Sezession, foi a primeira obra em art nouveau no Brasil e até hoje é considerada o melhor exemplar desse estilo no país. Atualmente, a Vila abriga o departamento de pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).



Richard Berndl



Mosteiro de São Bento

Falando dos maiores arquitetos estrangeiros, não podemos esquecer Richard Berndl (1875 – 1955) . Pillon foi um arquiteto alemão que reformou um prédio importantíssimo para o centro de SP. O professor da Universidade de Munique projetou a arquitetura atual do Mosteiro de São Bento, que é um dos vértices do Triângulo Histórico e está presente na capital desde 1600.

O profissional fez o projeto em 1910 no estilo Beuronense, que é um movimento artístico alemão que foi quase extinto pela Segunda Guerra Mundial. Esse estilo preza pela união da arte e da arquitetura.

É por isso que o Mosteiro, que abriga a Basílica Nossa Senhora da Assunção e o Colégio São Bento, tem um interior cheio de obras de arte. Nele, é possível encontrar pinturas, esculturas e elementos artísticos de diferentes civilizações, como a bizantina e a egípcia. A decoração interna também foi feita por um estrangeiro: D. Adelbert Gresnicht, um monge holandês.

O local é tão grandioso e importante que foi o escolhido para acomodar o Papa Bento XVI em sua visita ao Brasil, no ano de 2007.

Não é por acaso que os principais prédios desses arquitetos estrangeiros no centro de São Paulo são tombados. Afinal, eles são maravilhosos, imponentes e ajudam a contar a história da área. Você consegue visualizar essa região, por exemplo, sem a Catedral da Sé? Impossível.

É por isso que as edificações e seus criadores fazem com que as pessoas se apaixonem ainda mais pela área e pela cidade. Então, agora que você sabe mais sobre os arquitetos estrangeiros com prédios tombados no centro de SP e tem mais admiração pela capital, que tal checar quanto custa morar sozinho em São Paulo?