Será que vale a pena morar de aluguel?

Muitas pessoas acreditam que morar de aluguel é o mesmo que jogar dinheiro fora. Mas, neste texto vamos mostrar que este pensamento é completamente equivocado.

 

Optar pela locação de um imóvel é extremamente vantajoso economicamente. Basta pesquisarmos um pouco o preço médio da compra de apartamentos. Mesmo em bairros mais acessíveis, o valor que gastará em imóveis pequenos está cada vez maior.

 

Isso acontece até mesmo em casos de financiamento do imóvel. Quem entra nessa opção vê claramente a quantidade enorme de juros e taxas envolvidos. O que também aumenta as chances de se endividar e o tempo para que consiga pagar com todo esse valor.

 

 Na pandemia, essa dificuldade se tornou ainda mais evidente. Segundo uma pesquisa divulgada pelo Banco Central, os brasileiros que compraram imóveis entre fevereiro de 2020 até agosto de 2021, financiaram seus lares por cerca de 20% mais caro.

 

Neste cenário, o aluguel de imóveis é uma opção muito mais vantajosa. Inclusive, uma solução em meio a crises e dificuldades financeiras como muitos estão vivendo neste último ano.

 

Se você quer saber os motivos pelos quais vale a pena morar de aluguel, então nos acompanhe neste texto! Aqui, exploraremos as vantagens deste modelo de moradia, e os tipos disponíveis no mercado.

 

Veja os tópicos que serão abordados:

 

  • Será que vale a pena morar de aluguel? Entenda mais sobre este modelo;
  • Quais as vantagens ao considerar se vale a pena morar de aluguel?
  • E as desvantagens de morar de aluguel?
  • Tipos de contratos de aluguel.

 

Boa leitura!

Será que vale a pena morar de aluguel?  Entenda mais sobre este modelo

Sim. A grande mensagem que queremos passar neste texto é que, de fato, vale a pena morar de aluguel. Para entender o porquê, vamos primeiro explicar melhor como funciona este modelo.

 

A locação de imóveis ainda é um grande tabu dentre muitas pessoas. Principalmente, pelo motivo que citamos no começo deste texto, por considerarem uma opção que traz somente gastos desnecessários de dinheiro.

 

Porém, optar pelo aluguel de imóveis traz diversos benefícios. Especialmente, para quem não tem dinheiro para pagar por seu próprio apartamento como os mais jovens. 

 

Ou ainda, aqueles que costumam viajar muito à trabalho e precisam se mudar constantemente.

 

No Brasil, a locação de imóveis é regida pela Lei Federal nº 8.245, mais conhecida como Lei do Inquilinato. Ela determina todas as regras a serem cumpridas para a assinatura do contrato de aluguel.

 

Mas ainda, ela também é a grande responsável por determinar todos os direitos e deveres do inquilino e do proprietário. Por mais burocráticas que sejam, elas servem para trazer segurança para todos os envolvidos, e a melhor experiência de moradia possível.

O que diz a lei sobre o contrato de aluguel?

Dentre os itens que devem constar neste documento, estão:

 

  • Prazo: determina o tempo padrão para a vigência do contrato de 30 meses. Mas, pode ser redefinido para períodos mais curtos mediante negociação;
  • Multa: aplicada em casos de rescisão de aluguel antes do prazo estabelecido. Seu valor é calculado com base na seguinte fórmula: (valor do aluguel x 3) ÷ meses de contrato x meses que faltam de contrato
  • Reajuste: alteração no valor do aluguel do imóvel, calculada usando como referência um dos índices de inflação disponíveis no mercado;
  • Taxas: abrangem pinturas / readequações do imóvel, como exemplo.

 

Além deles, a Lei do Inquilinato também define que o contrato deve conter uma garantia locatícia. Elas servem para que o proprietário não seja prejudicado economicamente, em casos de inadimplência do inquilino.

 

No mercado, as garantias mais comuns e utilizadas são o fiador, o depósito caução e o seguro fiança. Cada um possui seus benefícios e particularidades, que devem ser analisados caso a caso.

 

Apesar de serem extremamente importantes para a segurança financeira, a lei também permite que este documento seja firmado sem uso desses itens. 

 

O aluguel sem garantia, por mais que não seja o modelo mais utilizado, também possui suas vantagens para o aluguel de imóveis.

 

Dentre elas, estão a maior praticidade e agilidade no processo em si de locação. Para que o locador não seja prejudicado, este modelo exige o pagamento antecipado correspondente a um valor de aluguel.

 

Todas essas regras são fundamentais para uma locação de imóveis segura. Com elas, com certeza, vale a pena morar de aluguel.

 

Quais as vantagens ao considerar se vale a pena morar de aluguel? 

O que não faltam são benefícios se você está em dúvidas se vale a pena morar de aluguel. Desde uma maior economia, até ter uma maior flexibilidade contratual e outras vantagens do contrato em si, como o direito de preferência de compra.

 

Todos esses pontos, assim como as desvantagens desse modelo, devem ser colocados em uma balança antes de tomar sua decisão. Vamos começar então pelos pontos positivos da locação de imóveis.

Vale a pena morar de aluguel: tenha maior economia

Morar de aluguel significa ter uma grande economia mensalmente. E o motivo é simples: além do valor da compra de um imóvel ser enorme, as parcelas do financiamento também são elevadas. 

 

Tudo isso acaba encarecendo ainda mais a aquisição de um apartamento. Mas, ao escolher pelo aluguel de um imóvel, as parcelas que você terá que pagar mensalmente são muito mais em conta.

 

Vamos colocar isso em prática, imaginando uma média de prestação de financiamento de R$ 2.500,00. Se compararmos este valor com as opções de locação disponíveis no mercado, é possível encontrar muitos alugueis de apartamentos com mensalidades bem inferiores.

 

Existem apartamentos disponíveis por cerca de R$ 1.500,00. Alguns, até mesmo mobiliados com tudo o que o inquilino irá precisar, especialmente em modelos como kitnets ou studios.

 

Além disso, todos os custos extras como reformas, consertos ou manutenção, são de total responsabilidade do locador. Este é um dever estabelecido pela Lei do Inquilinato, uma ótima vantagem para os inquilinos não terem que se preocupar em ter um gasto a mais caso qualquer um desses problemas ocorram.

Vale a pena morar de aluguel: flexibilidade contratual

Um dos benefícios mais valorizados para quem está em dúvidas se vale a pena morar de aluguel, é a flexibilidade que o contrato proporciona aos inquilinos.

 

No geral, seu tempo de vigência é muito menor do que o visto nos contratos de compra de imóveis. Ainda, a Lei do Inquilinato permite alterações no contrato mediante negociação. Como por exemplo, um tempo de permanência menor do que o padrão de 30 dias.

 

Tudo isso permite que os inquilinos tenham uma maior liberdade para se mudarem quando quiserem. Ou ainda, renová-lo sem grandes preocupações ou processos burocráticos.

 

Assim, caso surja uma proposta irrecusável de emprego ou oportunidade de estudar em outra cidade, como exemplo, não estará preso a um compromisso de longo prazo.

 

A qualidade de vida também é muito favorecida por essa flexibilidade. Isso ocorre, principalmente, em casos de pessoas que se mudam para um imóvel que esteja localizado em um bairro com muito barulho, que tenha dificuldades na locomoção, ou que tenha poucas opções de lazer.

 

Qualquer um desses pontos que cause incômodo, não precisa ser lidado por muito tempo. Basta escolher um novo local e se mudar assim que possível.

Vale a pena morar de aluguel: direito de preferência de compra

Um dos direitos dos inquilinos previstos na Lei do Inquilinato, é o direito de preferência de compra.

 

Na prática, isso significa que o locador deve informar ao locatário a intenção de venda. A partir do comunicado, o inquilino tem 30 dias para manifestar se deseja ou não comprar o imóvel e realizar os procedimentos para a aquisição.

Vale a pena morar de aluguel: opções variadas de imóveis

Uma das maiores vantagens que confirmam que vale a pena morar de aluguel, é a grande diversidade de imóveis disponíveis no mercado.

 

São várias opções que se encaixam em todos os perfis e gostos. Desde os modelos mais compactos e simples como as kitnets, até os maiores e mais luxuosos como as coberturas, garden, duplex e triplex.

 

Para os jovens universitários que possuem uma rotina mais agitada, os studios podem ser opções excelentes para o seu dia a dia. Já para casais que pretendem ter filhos, os apartamentos padrões ou lofts podem ser mais recomendados.

 

São muitos pontos e características que devem ser analisados caso a caso. Todos, oferecendo uma grande liberdade para se mudar e sair do imóvel sem muitos entraves ou preocupações.

E as desvantagens de morar de aluguel?

Por mais que a locação de imóveis traga inúmeros benefícios, não podemos deixar de abordar o outro lado. 

 

Ao analisar se vale a pena morar de aluguel, é importante também levar em consideração as desvantagens de optar por este modelo.

 

Os principais pontos que devem ser ressaltados são a não garantia de permanência no local, empecilhos para personalizar o ambiente, e o reajuste do aluguel previsto em lei. 

 

Vamos entender melhor cada um deles:

Não garantia de permanência

Por um lado, a flexibilidade do contrato de aluguel é uma excelente vantagem de moradia, ao permitir que o inquilino possa deixar o local com maior facilidade.

 

Mas, essa característica também traz seu lado negativo. Neste caso, a de não permanência.

 

Isso significa que, ao término do prazo de moradia estipulado, o proprietário possui o direito de pedir o imóvel de volta para morar no local. Até mesmo vendê-lo ou ainda, alugá-lo para outro inquilino.

 

Morar de aluguel não traz 100% de segurança que, ao final do contrato, o inquilino poderá renová-lo.  Mesmo que você seja um bom pagador, o locador pode optar por não dar continuidade ao acordo feito.

Personalização e decoração

Todos nós queremos deixar nossos lares com nosso perfil. Ao morar de aluguel, é possível sim decorar o imóvel com alguns objetos e acessórios de seu gosto, deixando o ambiente mais aconchegante.

 

Mas, esta personalização acaba sendo mais restrita do que se você tivesse seu próprio apartamento. Essa é uma das maiores normas presentes na Lei do Inquilinato.

 

Ela é bem clara ao definir que o imóvel deve ser devolvido nas mesmas condições nas quais foi entregue. Isso inclui não apenas todos os móveis em perfeito estado, como também outros objetos, pinturas e decorações.

 

Os inquilinos não podem realizar nenhuma mudança estrutural no imóvel sem que haja o consentimento do proprietário. Mesmo caso ambos entrem em comum acordo, essa mudança não é algo tão benéfico economicamente.

 

Afinal, você não será dono do imóvel. E portanto, não permanecerá morando no local por muito tempo. Seria um gasto de uma mudança que, no final, pode não valer tanto a pena ter.

Reajuste do aluguel

Todo ano, o valor do aluguel é reajustado com base no Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M). Ou, outros índices estipulados em contrato como o IPCA.

 

Mesmo que você acabe alugando um apartamento por um preço acessível, ele tenderá a aumentar a cada ano que passar no local. Uma mudança que, para muitos, pode acabar pesando um pouco no bolso.

 

Ou ainda, fazer com que tenha que novamente buscar por um outro apartamento por um valor menor que caiba no seu orçamento. Uma grande desvantagem para muitos, que não deve ficar de fora ao avaliar se vale a pena morar de aluguel.

Tipos de contratos de aluguel

Se você chegou até aqui, então viu quantas coisas são importantes de serem levadas em consideração no processo de locação de imóveis. Mas, além deles, ainda existe um ponto muito importante como ponto de partida nessa busca.

 

Todos que estão em busca de um imóvel para alugar, encontrarão três modalidades disponíveis no mercado. São elas: a locação residencial, não residencial, e de temporada.

 

Confira em detalhes cada uma delas:

Residencial

O contrato de aluguel residencial é um dos mais utilizados no mercado imobiliário. Voltado à locação residencial, ele permite que o documento seja ajustado ao longo do processo.

 

Essa flexibilização pode ser acordada de forma verbal ou escrita, por prazo determinado ou indeterminado, e por prazo inferior ou superior a 30 meses. Isso, desde que esteja de comum acordo entre as partes.

Não residencial

A locação não residencial, por sua vez, abrange o aluguel de imóveis que não estejam vinculados a qualquer atividade residencial. O que inclui, dessa forma, atividades comerciais, industriais, e escritórios, por exemplo.

 

Ao contrário da locação residencial, aqui o locatário pode renovar o contrato pelo mesmo prazo que foi firmado pela primeira vez. Isso, desde que o documento tenha sido celebrado por escrito e com prazo determinado.

De temporada

Por fim, a locação de temporada é destinada à residência provisória. Ou seja, para inquilinos que não pretendem permanecer no imóvel por muito tempo.

 

Como exemplo, é muito comum que este modelo seja procurado por pessoas que estejam buscando práticas de lazer, realização de cursos, tratamentos de saúde, realização de obras em seu imóvel, ou quaisquer outras finalidades.

 

Sua principal regra é que seu prazo máximo de aluguel é de 90 dias.

Conclusão

O mercado imobiliário dispõe de inúmeras possibilidades, modelos e acordos de aluguel. Todos são trazem diversas vantagens para os locadores e locatários, especialmente no âmbito financeiro.

 

Ao avaliar se realmente vale a pena morar de aluguel, é importante buscar conhecer a fundo este modelo. Ou seja, as principais regras previstas na Lei do Inquilinato, os tipos de imóveis disponíveis e como firmar este acordo.

 

Para conhecer mais sobre esta opção, em nosso blog temos muitos outros artigos sobre a locação de imóveis. Não deixe de dar uma olhada e descobrir tudo o que você precisa saber ao iniciar esta busca!