
Upcycling: economia, bem estar e sustentabilidade na arquitetura
Share
O termo upcycling pode ser novo, mas o conceito não. A reutilização de materiais e objetos sempre aconteceu, mas o termo busca destacar um novo modelo de consumo e atenção ao meio ambiente.
Ele se popularizou atualmente no meio da construção, engenharia e arquitetura sustentável, como uma forma de reuso de algo que viraria apenas lixo.
Diferente da reciclagem, nesse caso o que é reutilizado não passa por grandes processos de transformação. Com isso, mantém-se intacta a matéria prima, modificando-se apenas as formas dos objetos.
Tudo isso está ligado a perspectivas ambientais, sociais e econômicas.
Origem do upcycling
Ainda na década de 1990, nos Estados Unidos, o conceito foi utilizado na moda e logo se espalhou pelo mundo e para outros setores.
Isso porque o “fast fashion”, com produções cada vez mais aceleradas e de apelo ao consumo, começou a ser questionado.
Surgem então conceitos como “slow fashion” e “eco fashion”, algo como “moda lenta” e “moda ecológica”. O objetivo é a preocupação com o meio ambiente e com o lado econômico e social pelo bem estar das pessoas.
Muitas marcas e pequenos artesãos passaram a aderir ao conceito, reutilizando materiais que iriam para o lixo, muitas vezes poluindo o meio ambiente.
Restos de sacos plásticos, embalagens de papel ou papelão, latas de alumínio e tecidos em geral passaram a ser usados na confecção de roupas, calçados e acessórios.
O termo, em si, carrega justamente o conceito de dar um “up” nos materiais reutilizados, algo como “reciclar para cima”.
Não é como, simplesmente, reutilizar tecidos como pano de limpeza. Mas dar a materiais uma função completamente nova, de baixo custo, reduzindo o consumo e aumentando sua vida útil.
Upcycling na arquitetura
Logo depois, na arquitetura começou a se pensar a importância de realizar construções sustentáveis.
E, neste caso, a preocupação se tornou ainda mais ampla. Retirar do meio ambiente materiais que iriam apenas poluir e reduzir custos na produção de objetos de decoração ou móveis.
E ainda melhorar a qualidade de vida das pessoas, com menos gasto de água e energia que seriam utilizados na produção de objetos totalmente do zero.
Como restos de cano que, na reciclagem, seriam derretidos, por exemplo. No upcycling, eles podem ser cortados, unidos a outros materiais e ser transformados em um porta objetos ou uma luminária, por exemplo.
Ou um guarda-roupa antigo que viraria sucata e no upcycling pode ser transformado em até dois ou três móveis novos e, o melhor: totalmente exclusivos.
O Upcycling também é serve de grande referência para a decoração da casa, sobretudo a partir do reaproveitamento da mobília!
Bons exemplos de upcycling
E não é só o trabalho de formiguinha, de reutilização de materiais em casa, que está ganhando espaço. Muitas marcas começam a investir na iniciativa.
Atualmente, escritórios de arquitetura como o Ruína, por exemplo, apostam fortemente na ideia de transformar materiais na busca por ambientes sustentáveis.
Eles criaram o “entulhite”, por exemplo, que tem função igual à do granilite, mas reutilizando material de entulho.
Com isso, além de espaços com texturas, cores e padrões exclusivos, conseguem reduzir significativamente os custos de um projeto tirando do meio ambiente um material que geraria apenas poluição.
Você pode acessar o catálogo e ver imagens de coisas bem legais desenvolvidas por eles.
Quer ler mais sobre assuntos relacionados a arquitetura e moradia? Acesse nosso blog e fique por dentro dos temas mais atuais!