Economia circular é uma nova maneira de pensar as relações de produção, consumo e descarte de tudo que é produzido no planeta. 

Ele se baseia na busca pela redução do uso de matérias primas e recursos naturais, com foco principalmente na recuperação e reutilização. 

O modelo tem total relação com o conceito de upcycling, do qual já falamos antes. 

E o objetivo é garantir melhor qualidade de vida às pessoas e a recuperação do meio ambiente, reduzindo impactos ambientais e buscando reverter efeitos nocivos como o aquecimento global. 

Oposição ao conceito linear 

Uma boa forma de entender melhor esse novo modelo é visualizando a forma como consumimos atualmente: o modelo linear de economia. 

Neste modelo, o mais comum da atualidade, a cadeia de consumo funciona em linha reta, como o próprio nome sugere.

Assim, a preocupação é apenas de extrair recursos da natureza, depois produzir bens para serem vendidos e, por fim, descartar os rejeitos. 

Não há uma preocupação com a finitude dos recursos (água, minérios, metais, petróleo…) e nem com a reciclagem, recuperação e reutilização do que é descartado. 

E, como sabemos, esse é um modelo que tem causado muito impacto ao meio ambiente. 

É também uma forma de consumo que fica totalmente dependente da extração de novos recursos, o que é variável. 

Isso gera ondas de desabastecimento e consequente elevação nos custos de produção, dificuldade no acesso aos produtos pela população e outros efeitos econômicos. 

Além disso, com a chamada "obsolescência programada”, em que os produtos têm uma vida útil muito curta, o incentivo ao consumo desenfreado é cada vez maior. 

Com isso, o descarte de lixo ganha proporções gigantescas. 

Modelo circular 

No modelo circular, a grande diferença é a reutilização do que seria descartado como forma de reduzir diversos impactos negativos ao meio ambiente, à economia e ao bem estar social. 

Alguns exemplos bastante práticos são as empresas e instituições que fazem o reuso da água, por exemplo. 

Outras que oferecem descontos e outros incentivos aos clientes que levam de volta às lojas embalagens que poderão ser recicladas. 

São várias as possibilidades de reuso de recursos e reutilização do que antes seria apenas rejeitos. 

O modelo funciona de forma totalmente integrada e engloba a indústria, arquitetura, arte, moda, alimentação… 

É possível ver a aplicação deste conceito na nova tendência de locação de móveis, que ao invés da compra pode ser muito vantajoso na hora de mudar a decoração do lar ou se mudar de endereço!

Origem do modelo 

Embora as pessoas considerem o modelo “novo”, as primeiras ideias a respeito surgiram ainda no fim da década de 1980, com os economistas e ambientalistas britânicos David W. Pearce e R. Kerry Turner. 

O que eles perceberam é que o modelo atual não era sustentável a longo prazo. Além disso, utilizaram a lógica cíclica da natureza: onde nada se perde, tudo se transforma. 

A ideia é que assim como os ecossistemas regulam a si próprios, da mesma forma o ser humano deve começar a refletir e agir no seu modo de consumir, já que os recursos no planeta um dia irão acabar. 

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