Economia circular: o que é essa nova forma de pensar o consumo?
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Economia circular é uma nova maneira de pensar as relações de produção, consumo e descarte de tudo que é produzido no planeta.
Ele se baseia na busca pela redução do uso de matérias primas e recursos naturais, com foco principalmente na recuperação e reutilização.
O modelo tem total relação com o conceito de upcycling, do qual já falamos antes.
E o objetivo é garantir melhor qualidade de vida às pessoas e a recuperação do meio ambiente, reduzindo impactos ambientais e buscando reverter efeitos nocivos como o aquecimento global.
Oposição ao conceito linear
Uma boa forma de entender melhor esse novo modelo é visualizando a forma como consumimos atualmente: o modelo linear de economia.
Neste modelo, o mais comum da atualidade, a cadeia de consumo funciona em linha reta, como o próprio nome sugere.
Assim, a preocupação é apenas de extrair recursos da natureza, depois produzir bens para serem vendidos e, por fim, descartar os rejeitos.
Não há uma preocupação com a finitude dos recursos (água, minérios, metais, petróleo…) e nem com a reciclagem, recuperação e reutilização do que é descartado.
E, como sabemos, esse é um modelo que tem causado muito impacto ao meio ambiente.
É também uma forma de consumo que fica totalmente dependente da extração de novos recursos, o que é variável.
Isso gera ondas de desabastecimento e consequente elevação nos custos de produção, dificuldade no acesso aos produtos pela população e outros efeitos econômicos.
Além disso, com a chamada "obsolescência programada”, em que os produtos têm uma vida útil muito curta, o incentivo ao consumo desenfreado é cada vez maior.
Com isso, o descarte de lixo ganha proporções gigantescas.
Modelo circular
No modelo circular, a grande diferença é a reutilização do que seria descartado como forma de reduzir diversos impactos negativos ao meio ambiente, à economia e ao bem estar social.
Alguns exemplos bastante práticos são as empresas e instituições que fazem o reuso da água, por exemplo.
Outras que oferecem descontos e outros incentivos aos clientes que levam de volta às lojas embalagens que poderão ser recicladas.
São várias as possibilidades de reuso de recursos e reutilização do que antes seria apenas rejeitos.
O modelo funciona de forma totalmente integrada e engloba a indústria, arquitetura, arte, moda, alimentação…
É possível ver a aplicação deste conceito na nova tendência de locação de móveis, que ao invés da compra pode ser muito vantajoso na hora de mudar a decoração do lar ou se mudar de endereço!
Origem do modelo
Embora as pessoas considerem o modelo “novo”, as primeiras ideias a respeito surgiram ainda no fim da década de 1980, com os economistas e ambientalistas britânicos David W. Pearce e R. Kerry Turner.
O que eles perceberam é que o modelo atual não era sustentável a longo prazo. Além disso, utilizaram a lógica cíclica da natureza: onde nada se perde, tudo se transforma.
A ideia é que assim como os ecossistemas regulam a si próprios, da mesma forma o ser humano deve começar a refletir e agir no seu modo de consumir, já que os recursos no planeta um dia irão acabar.
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